As telas flexíveis utilizam-se de uma tecnologia nova chamada OLED
(organic light-emitting diode, ou seja, diodo emissor de luz orgânica).
Usando esses emissores de luz orgânica, pode-se fazer telas bonitas e
eficientes. Além disso, os OLEDs são muito finos e, por isso, podem ser
aplicados em materiais como plástico ou papel alumínio. Assim, é
possível fazer telas e displays flexíveis, o que os tornará também mais
duráveis e, praticamente, à prova de estilhaçamento.
Esta tela OLED flexível foi criada usando tecnologia
FlexUPD ITRI, que usa um substrato de plástico que pode resistir a temperaturas elevadas
Existem várias abordagens para fazer este tipo de tela. A primeira e
mais utilizada por muitas empresas até o momento, como Samsung e LG, se
utilizam de semicondutores inorgânicos baseados em silício ou outros
elementos não-carbono, que precisam de altas temperaturas sobre o
substrato. É um processo que funciona bem no vidro, mas derrete o
plástico comum.
Em 2009, no Centro de Telas Flexíveis da Universidade Estadual do
Arizona, foi desenvolvido um novo processo litográfico inventado pela HP
Labs. Os pesquisadores do Centro conseguiram imprimir telas flexíveis
em rolos longos de um plástico filme especial feito pela empresa DuPont.
Telas eletrônicas finas e flexíveis como papel estão chegando em breve
Porém, uma abordagem defendida pela empresa Plastic Logic,
desenvolvedora de substratos de visualização flexíveis, é a utilização
de transistores depositados em um plástico filme flexível. A diferença é
que a empresa está usando um processo de deposição frio, substituindo
semicondutores orgânicos por outros de silicone. Assim ela passa por
cima do problema com as altas temperaturas.
O primeiro método envolve ligar substratos de plástico flexível a um
suporte de vidro e, em seguida, descascar a camada de plástico e a
matriz de transistores de filme fino (TFT) aplicadas a ele. Usando esse
método, os fabricantes podem modificar os processos que já utilizam para
fabricar telas planas de LCD e, com isso, entrar no mercado mais
rapidamente. Porém, é mais difícil intensificar substratos muito
grandes, tais como aqueles usados em televisores, e os custos de
fabricação, provavelmente, seriam maiores do que os custos para os
televisores convencionais à base de vidro.
Conceito de TV Flexível OLED Sony
Já a alternativa da HP é um processo em que os conjuntos de
transistores que compõem a camada de transistores de filme fino (TFT) do
visor são impressas em folhas contínuas de película de plástico,
utilizando o que a indústria chama de um processo rolo a rolo. A
tecnologia da HP tem custos bem mais baixos e a pode ser usado em áreas
muito maiores. O desafio é que é uma tecnologia completamente nova, sem
infraestrutura existente.
Apesar de expositores desenvolvidos para dobrar e flexionar estarem bem
populares, eles devem permanecer apenas em demonstrações de feiras, por
enquanto.
Mas isso pode mudar a qualquer momento. Qual desses processos será o
melhor e mais econômico no final das contas? Que empresa sairá na
frente? Teremos que aguardar mais um ano ou dois para ver os resultados.
Fonte:
Economist.
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